Mostrando postagens com marcador denúncia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador denúncia. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

CARTA ABERTA AO FUTURO E AO PRESENTE.

Eu não concordo com o que estamos fazendo com os povos indígenas. Não vou levar essa chaga em minha consciência!
Sei que nosso território é um contrato baseado em um mapa" fake", um desenho geopolítico onde somente os poderosos do mundo determinaram a dimensão geográfica; um acordo geográfico baseado em um mapa fictício que jamais consultou os povos originários destas terras que disseram eles respeitar e dominar, povos originários que resistiram a séculos e séculos de extermínio e destruição e sobreviveram mesmo com toda a violência e abuso do processo colonizador das Américas desde 1500.
Não me calarei diante do desrespeito as normas constitucionais que determinam em 1988 que as terras originariamente indígenas fossem demarcadas e respeitadas (definidos mais especificamente no título VIII, "Da Ordem Social", dividido em oito capítulos, sendo um deles o "Dos Índios", destacando-se os artigos 231 e 232, além de outros dispositivos dispersos ao longo do texto e de um artigo do ASCT e legalmente no Estatuto do Índio). Normas estas que foram fruto da articulação política dos povos indígenas e personalidades políticas que entendiam o problema oriundo da colonização, após o Estado invadir territórios originários indígenas, com o auxílio dos irmãos Vias Boas e desrespeitarem a promessa de respeito aos povos, territórios e culturas ali encontradas. Não farei eco com uma política interna genocida, conduzida por uma Ministra que não tem nenhum conhecimento que valide seu cargo, que representa o retrocesso ao tempo boçal de perseguição as bruxas, as mulheres, aos índios, aos negros, a outras formas de crença e de pensamento.
Não me calarei diante da realidade que é sombria.
Poderei ser calada, poderei ser perseguida, poderei até ser morta, mas jamais, jamais calarei diante da desumanidade que está sendo aplaudida neste país por pessoas que não tem sequer condições de saber o que sei, de entender o que entendo e perceber o que percebo. Diante dessa massa de manobra genocida, serei resistência, serei voz, serei grito e lamento.
E quando tombar o corpo do ultimo índio, serei as lágrimas da terra. E espero, sinceramente, que meu corpo nela repouse junto porque não desejo ver, não desejo saber, não desejo presenciar, não desejo mais lamentar o futuro que remete ao passado desumano que estamos semeando nesse lugar.
Andréa Madalena Wollmann


(foto retirada da Internet, cuja autoria está indeterminada).

https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/364936484323633/

domingo, 30 de janeiro de 2011

Reflitamos e façamos a nossa parte...




Mensagem sugerida no facebook pelo professor Paulo Ferreira da Cunha.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

E já cantávamos isso em 1989...

Tribos e Tribunais

Engenheiros do Hawaii

Composição: Humberto Gessinger

"Todo dia a gente inventa uma alegria
A gente esquenta a água fria
E ignora a bola fora

Toda hora a gente dá um desconto
A gente faz de conta
Mas chega a um ponto em que ninguém mais quer saber

Crimes passionais
Profissionais liberais demais
Segredos de estado
Centroavante recuado

Isso me sugere muita sujeira
Isso não me cheira nada bem
Tem muita gente se queimando na fogueira
E muito pouca gente se dando muito bem(2x)

Agente secreto
Agente imobiliário
Gente como a gente
Presidente e operário

Empresas estatais
Estátuas de generais
Heróis de guerra
Guerra pela paz

Hindus, industriais
Tribos e tribunais
Pessoas que nunca aparecem
Ou aparecem demais

Isso me sugere muita sujeira
Isso não me cheira nada bem
Tem muita gente se queimando na fogueira
E muito pouca gente se dando muito bem(2x)

Críticos da arte
Arte pela arte
Pink Floyd sem Roger Waters (Welcome To The Machine)
Formas sem função

Fascistas de direita
Fascistas de esquerda
Empresas sem fins lucrativos
Empresas que lucram demais

E todo dia a gente inventa e fantasia
A gente tenta todo dia
Feitos cegos
Egos em agonia

Isso me sugere muita sujeira
Isso não me cheira nada bem
Isso me sugere muita sujeira
Isso não me cheira nada bem
Isso me sugere muita sujeira
Isso não me cheira nada bem, não, não
Todo dia, todo dia."




Um vídeo sugerido no orkut do amigo Michel Weber. Tinha que postar aqui...


.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O que fizemos de nossos índios?


Visitando as Missões, uma emoção nos percorre as veias... a lembrança de Sepé dizendo que "esta terra têm dono" nos percorre...
Mas se observarmos a história transformada em maquete para mostrar como éram os povos missioneiros não nos daremos conta da realidade que nos cerca...
Que fizemos de nossos índios? Nem cidadãos, nem um povo... nem uma cultura... nem branco, nem índio... nunca incluído, nem mesmo nas estatísticas oficiais...
Que fizemos de nossos índios?

Texto e foto originalmente postado em: http://www.fotolog.com.br/surrealismodarua/73749979

Neste lugar está nascendo o surrealismo mágico segundo Warat.





Foto de Andréa Wollmann postada originariamente em : http://www.fotolog.com.br/surrealismodarua/73752794




.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A Lua Chora sobre as Missões Guaranis


Na passagem do surrealismo pelas ruínas Missioneiras, a Lua chorou sobre as Missões...

Um choro silencioso que falava à alma, falava de Sepé Tiarajú, de um povo que um dia habitou aquele espaço e que mesmo após ser dizimado, continua a dizer: esta terra tem dono...

Nos pergunta a Lua: que fizeram de nossos índios?



(texto e foto de Andréa Wollmann - www.catedralivreartedireitoclaricelispect.blogspot.com)

Texto originalmente postado em : http://www.fotolog.com.br/surrealismodarua/73905152



.

Que fizemos de nossos índios?


Em um texto de Débora Urquieta observa-se a denuncia da situação dos índios no Perú, ela refere:"todos son cidadanos... pero los indígenas no¨.

O mesmo pode-se ver no Brasil, na América Latina...

Nossos irmãos não são nem cidadãos, nem uma parte integrante das estatísticas... ficam a mercê de classificações, de instrumentos legais, de nossa indiferença, de nossa falta de sensibilidade.

Mas eles resistem!

Como na música de Caetano Veloso:

"um índio descerá de uma estrela colorida brilhante
de uma estrela que virá numa velocidade estonteante
e pousará no coraçao do hemisfério sul
na américa num claro instante
depois de exterminada a uma naçao indígena
e o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
mais avançada que a mais avançada
das mais avançadas tecnologias
virá impávido que nem Muhamed Ali
virá que eu vi
apaixonadamente como Peri
vira que eu vi
tranquilo e infalível como Bruce Lee
virá que eu vi
o axé do afoxé, filhos de Gandhi
virá
um índio preservado em pleno corpo físico".

(texto de Andréa Wollmann e Leopoldo Fidyka)
(foto de Andréa Wollmann - que fizemos de nossos índios?)

texto originalmente publicado em:
http://www.fotolog.com.br/casawarat/69028949



.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Desigualdade social no Brasil

Para pensar...
com toda a minha irresignação.