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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Feliz Aniversário

Hoje faz 25 anos que fui mãe pela primeira vez. Era 1988 e eu, com meus 15 anos, não tinha muita consciência do que era ter a responsabilidade de orientar uma vida. Também não tinha muita noção sobre política. Cresci numa ditadura, a Constituição Cidadã estava prestes a ser promulgada.
 Acreditava que a realidade do meu filho seria melhor que a minha, com direitos e liberdade. Engraçado refletir sobre o tempo e os sonhos... Parece que foi ontem, eu que era o futuro do Brasil trazia ao mundo um novo participe do futuro. Um cidadão que veria um Estado Constitucional (não que eu tivesse alguma real consciência, como tenho agora, do que isso significava, mas compunha a sociedade do sonho democrático mesmo assim). 
Naquele tempo, amava meus professores, muito embora, como muitas brasileiras mães juvenis, tive que abandonar por um tempo os bancos escolares pelas fraldas de pano e mamadeiras. Não tardou, voltei a escola noturna, queria um futuro melhor para meu filho e lá, aos 21 anos, fui mãe pela segunda vez... 
Foram meus professores que me ensinaram a indignação, a luta e a consciência política em cada greve que eu não compreendi. 
Com o tempo, percebi que não bastavam as leis, eu devia conhece-las para saber me defender, defender meus filhos, meus vizinhos e também, aqueles que eu não conhecia mas que via nas ruas, nas filas dos hospitais, nas calçadas frias. Quis fazer direito, ser advogada, defender os "frascos e comprimidos" em um Estado Democrático de Direito. Meus filhos, participaram dessa caminhada. O que faz aniversário hoje, se tornou idealista também, é Assistente Social. E eu, que sonhara ser professor, dediquei meus anos a essa árdua tarefa, só que agora, em nível universitário.
 Percebi que não basta um Estado de Direito quando os que dispõem desse conhecimento compartilham o abuso do direito, com sua omissão e mesmo submissão ao sistema. Nessa caminhada pelo direito, me tornei constitucionalista, cientista sociopolítico e, nos últimos anos, criminóloga. Nunca me imaginei pensando a criminologia antes, muito menos, atuando como defensora criminal.... 
Os caminhos são estranhos, não é? Nunca antes de agora, imaginei que as garantias da Parte Geral do Código Penal e do CPP tivessem tanta importância na defesa de direitos Constitucionais... 
Mas percebi, que em um Estado ditatorial, que se diz legitimado pela Lei, é com base nessa lei que terei que me armar na defesa da cidadania! Um Estado que persegue professores e os espanca, que se utiliza da formação de quadrilha para prender cidadãos que se manifestam em defesa das Instituições que estão sendo corrompidas e roubadas por seus representantes públicos. Em um país onde os corruptos fazem as leis, o advogado que queira defender a cidadania deve saber DIREITO PENAL! 
Feliz aniversário meu filho, feliz aniversário Constituição Federal. Não era esse o futuro que sonhava para ti quando te trouxe ao mundo, quando te vi nascer.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

5X Favela: agora por nós mesmos

Estreiou o filme 5X Favela: agora por nós mesmos, dirigido por Luciana Bezerra, Cacau Amaral, Rodrigo Felha, Wavá Novais, Manaíra Carneiro, Cadu Barcellos e Luciano Vidigal. O filme conta histórias passadas dentro das favelas cariocas.

Ainda não o vi, mas espero que seja uma visão menos pautada pela dicotomia que separa a cidade de cima da de baixo, em um olhar de criminalização e preconceito contra essa população.





http://www.google.com.br/movies?hl=pt-BR&dq=favela+filme&q=5x+favela+-+Agora+por+N%C3%B3s+Mesmos&sa=X&ei=MWl-TJWUEML98AazrojTAw&ved=0CBgQwgMoAA#reviews



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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Que fizemos de nossos índios?


Em um texto de Débora Urquieta observa-se a denuncia da situação dos índios no Perú, ela refere:"todos son cidadanos... pero los indígenas no¨.

O mesmo pode-se ver no Brasil, na América Latina...

Nossos irmãos não são nem cidadãos, nem uma parte integrante das estatísticas... ficam a mercê de classificações, de instrumentos legais, de nossa indiferença, de nossa falta de sensibilidade.

Mas eles resistem!

Como na música de Caetano Veloso:

"um índio descerá de uma estrela colorida brilhante
de uma estrela que virá numa velocidade estonteante
e pousará no coraçao do hemisfério sul
na américa num claro instante
depois de exterminada a uma naçao indígena
e o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
mais avançada que a mais avançada
das mais avançadas tecnologias
virá impávido que nem Muhamed Ali
virá que eu vi
apaixonadamente como Peri
vira que eu vi
tranquilo e infalível como Bruce Lee
virá que eu vi
o axé do afoxé, filhos de Gandhi
virá
um índio preservado em pleno corpo físico".

(texto de Andréa Wollmann e Leopoldo Fidyka)
(foto de Andréa Wollmann - que fizemos de nossos índios?)

texto originalmente publicado em:
http://www.fotolog.com.br/casawarat/69028949



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