CARTA ABERTA AO FUTURO E AO PRESENTE.
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Eu não concordo com o que estamos fazendo com os povos indígenas. Não vou levar essa chaga em minha consciência!
Sei que nosso território é um contrato baseado em um mapa" fake", um desenho geopolítico onde somente os poderosos do mundo determinaram a dimensão geográfica; um acordo geográfico baseado em um mapa fictício que jamais consultou os povos originários destas terras que disseram eles respeitar e dominar, povos originários que resistiram a séculos e séculos de extermínio e destruição e sobreviveram mesmo com toda a violência e abuso do processo colonizador das Américas desde 1500.
Não me calarei diante do desrespeito as normas constitucionais que determinam em 1988 que as terras originariamente indígenas fossem demarcadas e respeitadas (definidos mais especificamente no título VIII, "Da Ordem Social", dividido em oito capítulos, sendo um deles o "Dos Índios", destacando-se os artigos 231 e 232, além de outros dispositivos dispersos ao longo do texto e de um artigo do ASCT e legalmente no Estatuto do Índio). Normas estas que foram fruto da articulação política dos povos indígenas e personalidades políticas que entendiam o problema oriundo da colonização, após o Estado invadir territórios originários indígenas, com o auxílio dos irmãos Vias Boas e desrespeitarem a promessa de respeito aos povos, territórios e culturas ali encontradas. Não farei eco com uma política interna genocida, conduzida por uma Ministra que não tem nenhum conhecimento que valide seu cargo, que representa o retrocesso ao tempo boçal de perseguição as bruxas, as mulheres, aos índios, aos negros, a outras formas de crença e de pensamento.
Não me calarei diante da realidade que é sombria.
Poderei ser calada, poderei ser perseguida, poderei até ser morta, mas jamais, jamais calarei diante da desumanidade que está sendo aplaudida neste país por pessoas que não tem sequer condições de saber o que sei, de entender o que entendo e perceber o que percebo. Diante dessa massa de manobra genocida, serei resistência, serei voz, serei grito e lamento.
E quando tombar o corpo do ultimo índio, serei as lágrimas da terra. E espero, sinceramente, que meu corpo nela repouse junto porque não desejo ver, não desejo saber, não desejo presenciar, não desejo mais lamentar o futuro que remete ao passado desumano que estamos semeando nesse lugar.
Sei que nosso território é um contrato baseado em um mapa" fake", um desenho geopolítico onde somente os poderosos do mundo determinaram a dimensão geográfica; um acordo geográfico baseado em um mapa fictício que jamais consultou os povos originários destas terras que disseram eles respeitar e dominar, povos originários que resistiram a séculos e séculos de extermínio e destruição e sobreviveram mesmo com toda a violência e abuso do processo colonizador das Américas desde 1500.
Não me calarei diante do desrespeito as normas constitucionais que determinam em 1988 que as terras originariamente indígenas fossem demarcadas e respeitadas (definidos mais especificamente no título VIII, "Da Ordem Social", dividido em oito capítulos, sendo um deles o "Dos Índios", destacando-se os artigos 231 e 232, além de outros dispositivos dispersos ao longo do texto e de um artigo do ASCT e legalmente no Estatuto do Índio). Normas estas que foram fruto da articulação política dos povos indígenas e personalidades políticas que entendiam o problema oriundo da colonização, após o Estado invadir territórios originários indígenas, com o auxílio dos irmãos Vias Boas e desrespeitarem a promessa de respeito aos povos, territórios e culturas ali encontradas. Não farei eco com uma política interna genocida, conduzida por uma Ministra que não tem nenhum conhecimento que valide seu cargo, que representa o retrocesso ao tempo boçal de perseguição as bruxas, as mulheres, aos índios, aos negros, a outras formas de crença e de pensamento.
Não me calarei diante da realidade que é sombria.
Poderei ser calada, poderei ser perseguida, poderei até ser morta, mas jamais, jamais calarei diante da desumanidade que está sendo aplaudida neste país por pessoas que não tem sequer condições de saber o que sei, de entender o que entendo e perceber o que percebo. Diante dessa massa de manobra genocida, serei resistência, serei voz, serei grito e lamento.
E quando tombar o corpo do ultimo índio, serei as lágrimas da terra. E espero, sinceramente, que meu corpo nela repouse junto porque não desejo ver, não desejo saber, não desejo presenciar, não desejo mais lamentar o futuro que remete ao passado desumano que estamos semeando nesse lugar.
Andréa Madalena Wollmann
(foto retirada da Internet, cuja autoria está indeterminada).
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