“Porque tão rápido?
Porque tudo que nos expõe, também pode nos ferir?
Porque me agarro a ilusões, se teus olhos me revelaram algo que não existiu? Se tua boca não sussurra uma canção de amor?
Um momento mágico vale mil palavras azedas? Mil nadas que se revestiram em alfinetadas na alma que estava ali, deitada, indefesa em suas mãos?
Ah, coração vagabundo que não quer mais bater...
Insiste em sangrar amores perdidos...
Porque se entrega sem temer a quem não saberá te cuidar?
Ah, olhar distante perdido em sonhos...
Acaso esses olhos gostam de permanecer marejados?
Porque deixamos o inverno gelar nossa face?
Porque não sabemos sorrir por mais tempo, mais tempo, mais tempo...
Acaso as lágrimas fazem mais bela face que o sorriso do sonho???
Porque o sonho passa tão rápido? Por que temos que acordar, por quê???
Como as folhas de outono caem, nossos sonhos vão ao chão...
Porque não somos primavera de desejo
Porque não permanecemos no calor do verão???
Outono se fez inverno... Por quê?
Para que distrair os opostos se não estamos dispostos a atraí-los?
Mil palavras azedas valem um momento mágico?
Palavras valem mil momentos?
Mil palavras, um momento mágico...
Palavras mágicas de um momento...
Palavras azedas...
Nem um mágico momento... Tormento!
Um momento...
Que malvada a má temática que fizemos da vida?!”
(Andréa Wollmann 29/04/2010).
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