- Faz tempo que não conversamos poetinha, tudo bem ai?
- Verdade. Comigo está tudo ótimo e contigo, minha doce poetiza, tudo bem contigo?
- Ah, ando sofrendo do coração... fase boa para escrever poesia, dizem que os versos escorrem para o papel no auge do sentimento ou da contrariedade.
Sorrimos...
- Também creio nisso poetiza... Preciso experimentar novas tentativas... No sucesso ou no fracasso, formamos versos. Preciso de alimento para minha poetica e minha alma..
- É por ai meu caro, por ai... A cada tentativa o coração muda de forma, a media que vamos colando os pedaços que sobram... Somos sempre novo Vangog.
- Sim, a cada nova tentativa descubro que uma parte de mim quer viver sozinho... E essa parte sou quase eu inteiro...
- Entendo, deve ser por isso que essa nossa parte, livre, se perde do restante que ainda sobra, caído ao chão junto com as ilusões que se quebraram. Recolhemos os restos e a parte que quer viver sozinha, cria asas e voa, vira verso. Quando voamos, no auge da felicidade, os versos nos mantém, de alguma forma, com os pés no chão, deixando nosso coração voar e a nossa cabeça nas nuvens.
- Minha doce poetiza... preciso ir, esta frio aqui. Eu volto, gosto de falar contigo...
- Mas já, nem fizemos poesia... Que seu coração esteja aquecido doce poetinha.
- Pena que, nem sempre, nos encontramos...
- Verdade... Tudo a seu tempo...
- Que o seu coraçãozinho sensibilizado também esteja aquecido poetiza, precisamos dele assim... quentinho... e, por vezes, quietinho... Um beijo doce para você, linda poetiza...
- Você tem toda razão, embora a razão por vezes não alivie o sentimento... Os versos o contém.
Um beijo poetinha.
- Até mais poetiza. Até outro novo encontro...
(Andréa Wollmann - 08/05/2010).
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