quarta-feira, 28 de abril de 2010

Inacreditável como os versos podem chorar...

Desapontamento.



"Eu pensei que era verdade

Que era você


Que era sua alma que eu via nos olhos que eu fitei.

Que a doçura dos teus beijos

Seriam a doçura dos meus dias

E que a melodia da tua voz


Embalaria meus sonhos de felicidade


Que nossos corpos se completaram


Se uniram em sintonia


E nossas almas se acalentaram como a muito eu procurava.


Eu não acreditei que era verdade


Que era você...


Que vi sua alma nos olhos que fitei em lágrimas


Que tua voz suave e macia desaparecia


Nos gritos que eu ouvia


Ao longe...


Que a doçura de teus lábios


Pudessem guardar tanto veneno amargo


Tanto fel nas palavras que verteram da tua boca


Eu não acreditei no que ouvi


Eu não quis acreditar que era você

Tão distante, tão frio, tão cruel

Não você

Não você...


Não eram meus sonhos pisados no chão


Não eram

Alguma loucura se fazia presente...


Não eram minhas as lágrimas, não, não eram...


Não era você, não era eu... Não era para ser

Não eramos nós."

(Andréa Wollmann - 29/04/2010)








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Mais de minhas divagações e devaneios... deixa o coração sangrar em versos...

Opostos/(in)dispostos.


“Porque tão rápido?


Porque tudo que nos expõe, também pode nos ferir?


Porque me agarro a ilusões, se teus olhos me revelaram algo que não existiu? Se tua boca não sussurra uma canção de amor?


Um momento mágico vale mil palavras azedas? Mil nadas que se revestiram em alfinetadas na alma que estava ali, deitada, indefesa em suas mãos?

Ah, coração vagabundo que não quer mais bater...


Insiste em sangrar amores perdidos...


Porque se entrega sem temer a quem não saberá te cuidar?


Ah, olhar distante perdido em sonhos...


Acaso esses olhos gostam de permanecer marejados?


Porque deixamos o inverno gelar nossa face?


Porque não sabemos sorrir por mais tempo, mais tempo, mais tempo...


Acaso as lágrimas fazem mais bela face que o sorriso do sonho???


Porque o sonho passa tão rápido? Por que temos que acordar, por quê???


Como as folhas de outono caem, nossos sonhos vão ao chão...


Porque não somos primavera de desejo


Porque não permanecemos no calor do verão???


Outono se fez inverno... Por quê?

Porque junto, por que separados? Por que entre pausas e vírgulas se perdem os sonhos...

Porque tantos opostos se distraem? Porque não estamos dispostos para nos atrairmos???


Para que distrair os opostos se não estamos dispostos a atraí-los?


Porque trair palavras doces?

Mil palavras azedas valem um momento mágico?

Palavras valem mil momentos?

Mil palavras, um momento mágico...

Palavras mágicas de um momento...

Palavras azedas...

Nem um mágico momento... Tormento!

Um momento...

Que malvada a má temática que fizemos da vida?!”

(Andréa Wollmann 29/04/2010).



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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Perfeição

Um pouco de Clarice Lispector




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quarta-feira, 21 de abril de 2010

CONHECER-SE.

O texto abaixo trata-se de um ensaio feito por meu filho, que também já foi meu aluno no curso de Direito. Um presente que resolvi publicar, uma vez que traduz profunda filosofia vivencial. Boa leitura!


"CONHECER-SE.

Na continuação da divina arte de conhecer-se, buscamos compreender os mecanismos que nos levam à acertos e à erros. Há quem diga que "errar é humano". Há também quem afirme que: "errar não é humano, depende de quem erra, esperamos pela vida, vivendo só de guerra". Creio que esta última máxima alcance o que eu quero dizer. Mesmo que eu creia estar, talvez, diferindo do pensamento do autor, acredito que viver é uma constante guerra em que travamos inúmeras batalhas. A principal e mais árdua delas é a de conhecer-se (isso nos remete ao início do nosso pensamento). Conhecer a si mesmo é um processo complexo, que exige muito mais que olhar para o espelho. É necessário enchergar-se como és e não como pensa ser.




Em busca da auto-afirmação, criamos mecanismos de defesa anti-criticas, passando a não ver, ou a não querer ver, os erros que cometemos. Eis nosso maior erro. Como crescer, amadurecer, evoluir se tentamos crer que somos perfeitos?


Frases como: "que gostem de mim como eu sou", demonstram como não ligamos, ou tentamos não ligar, para as críticas que recebemos. Mostram como queremos nos ver livre de defeitos, ou então, que somos tão bons que não precisamos ligar para "pequenos errinhos bobos" e sem significância.


Besteira!! Hipocrisia!!! Em busca da auto-afirmação atacamos o que nos faz melhorar. Aprender a lidar com críticas e reconhecer que possuimos defeitos é, então, o primeiro passo na busca de uma reforma intima consistente. Na verdade, não somos tão bom quanto pensamos, e nem tão mal quanto alguns depressivos creem ser.






Caio Schaffer
Estudante do 5° período de Serviço Social - UFRJ e 3° período de Direito - UVA."
 
 
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